A energia solar se transformou em pouco tempo em uma promessa de economia no Brasil. Devido à alta incidência de raios solares e ao alto custo das tarifas de energia, o país conta com um enorme potencial para desenvolver e ampliar sua rede de painéis fotovoltaicos, no entanto, será que isso é viável e efetivamente econômico?
Os números não mentem e segundo eles, a energia solar pode sim proporcionar uma bela economia no âmbito residencial. Embora a geração de um sistema fotovoltaico seja influenciada por diversos fatores naturais, sistemas fotovoltaicos são dimensionados de acordo com o consumo médio de energia do local, e podem gerar uma economia de 90% na conta de luz, e em alguns casos até mais.
1 – A energia solar é mais barata do que a comprada na rede elétrica
O custo da energia solar é bastante inferior quando comparado ao da energia comprada diretamente da rede elétrica. Para chegar a essa conclusão, basta tomarmos o valor do investimento em painéis solares, e dividirmos esse montante pelo valor total da energia gerada no sistema fotovoltaico durante o período em que ele estiver funcionando. Como já comentamos em outros posts, este período é de mais de 25 anos.
Traduzindo em números: um sistema de energia solar fotovoltaica, com capacidade de 3,5 kWp, (capacidade adequada para um consumo de 550 kWh) instalado no estado de Minas Gerais, possui um custo final de aproximadamente R$ 23.000,00. Durante 25 anos, este sistema fotovoltaico é capaz de gerar cerca de 120.000 kWh. Dividindo o custo do sistema pela quantidade de energia gerada, chegamos a um preço da energia de R$ 0,19/kWh. E como o sistema opera por mais de 25 anos, este valor tende a ser ainda menor.
Para fins comparativos, a tarifa do consumidor residencial em Minas Gerais é de aproximadamente R$ 0,83/kWh. Logo, o valor da energia solar é quatro vezes menor do que a energia oferecida na rede, representando uma excepcional margem de economia em longo prazo. Esta forma de entender o custo da energia gerada pelo sistema é chamada de Custo Nivelado de Energia (ou Levelized Cost of Energy, em inglês.)
2 – O investimento em painéis fotovoltaicos se paga com o tempo
O custo de um sistema fotovoltaico varia conforme a quantidade de painéis que são instalados e a distância do local de instalação para as grandes cidades. Quanto mais painéis são instalados, menor o custo unitário do kWp instalado devido ao ganho de escala. Em uma residência pequena, capaz de abrigar 2 pessoas, um sistema de 2,6 kWp pode custar entre R$ 15 mil a R$ 20 mil. Em uma residência média, capaz de abrigar 4 pessoas, um sistema de 4,2 kWp pode ter um custo entre R$ 25 mil a R$30 mil e para uma residência grande, capaz de abrigar 5 pessoas, um sistema de 6,1kWp pode chegar a custar entre R$ 35 mil a R$40 mil.
Sem dúvida não se trata de um investimento barato, porém devido a economia proporcionada e a abundância de raios solares no Brasil, esse custo acaba se pagando em um período que pode variar de 5 a 8 anos, havendo alguns casos com mais ou menos do que estes valores. Ou seja, adquirir um sistema fotovoltaico para gerar energia solar é um investimento e não um custo. Caso o sistema se pague em 5 anos, ele gerará energia gratuita por mais de 20 anos!
3 – Mas custa o preço de um carro…
Muitas pessoas quando se dão conta sobre os valores da instalação de um sistema fotovoltaico acabam tendo esse referencial, ou seja, que o valor é tão alto que custa praticamente um automóvel.
Porém, em termos de investimento e economia, vale muito mais a pena adquirir um sistema fotovoltaico do que um carro. Apenas para se ter uma ideia: um carro 0 km, no valor de R$ 60 mil, tem um custo anual aproximado de R$ 12.500,00, contabilizando seguro, impostos, manutenção, depreciação e combustível, sem contar as emissões de carbono e o impacto ao meio ambiente.
Já um sistema fotovoltaico com um custo de R$ 30 mil, pode, dependendo do valor da tarifa do local onde foi instalado, proporcionar uma economia de mais de R$ 5 mil por ano, com custo praticamente zero de manutenção durante esse período.
4 – A energia solar valoriza seu imóvel
Se você fosse comprar uma casa, qual casa você preferiria comprar: uma casa com um sistema fotovoltaico capaz de gerar energia solar e diminuir os gastos com energia ou uma simples casa tradicional? Com essa resposta, você já sabe que investir em um sistema fotovoltaico valoriza o seu imóvel e pode representar mais vantagens na hora de vendê-lo.
5 – O custo com a manutenção é mínimo
Outro fator que torna os sistemas fotovoltaicos extremamente econômicos é o baixo custo de manutenção. Obviamente, os valores podem variar de acordo com o tipo e o tamanho do sistema, no entanto, como o sistema não possui partes móveis e a chuva faz o papel de limpar os painéis, os reais gastos com manutenção são praticamente inexistentes. Portanto lembre-se: apesar de em dias chuvosos o sistema gerar menos energia, a chuva está limpando e ajudando o sistema a gerar mais nos dias ensolarados!
6 – O rendimento é maior do que a poupança
Sim, outro fator que comprova que o investimento em energia solar gera economia é o seu rendimento. Apenas para se ter ideia, enquanto a caderneta de poupança rende em média 6% ao ano, o rendimento da energia solar pode variar entre 10% a até 30% ao ano, dependendo da incidência de raios solares e da forma como é realizado o investimento.
7 – Economia para o Poder Público
Não é apenas para o particular que decide investir em energia solar que a economia acaba sendo certa. Para o Poder Público, os impactos nos gastos também são positivos.
Com a difusão de sistemas fotovoltaicos, o governo poderá reduzir o investimento em longas linhas de transmissão, que representam uma parcela significativa do custo de energia que é cobrado atualmente aos consumidores de energia.
Comparado ao uso da energia solar em outros países, o Brasil ainda possui um consumo incipiente. No entanto, esse cenário tende a mudar. Além da regulamentação já apresentar mudanças e fomentar o incentivo, as recentes crises de energia demonstram que é necessário apostar em novas alternativas.
Você já conhecia os benefícios econômicos da energia solar?
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Fonte: Engie